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Metade de SP já tem TV paga; alta explica queda da TV aberta

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Até 2009, as novelas das nove da Globo não precisavam de muito esforço para superar os 40 pontos no Ibope da Grande São Paulo. Na reta final, chegavam a 50. Hoje, elas sofrem para passar de 35 pontos.

Produção que abre a grade de novelas da Globo, Malhação vinha marcando nos 13 pontos em SP até duas semanas atrás, enquanto passava de 20 na média nacional.

O que está mudando?

Uma das respostas, a principal delas, está na TV paga.

O mercado de TV por assinatura vem crescendo a taxas robustas desde 2010.

O número de domicílios com o serviço mais que dobrou em três anos. Foram de 7,5 milhões no final de 2009 para 16,2 milhões de lares em dezembro de 2012, atingindo uma população de mais de 53 milhões.

Em São Paulo, segundo a Anatel, 47% das casas já têm TV por assinatura. O crescimento foi de quase 10 pontos percentuais em apenas 12 meses (em 2011, a penetração da TV paga no Estado era de 38%).

São Paulo tem a segunda maior taxa de densidade de TV por assinatura no país. Só perde para o Distrito Federal, onde 50 de cada 100 casas já tem o serviço. No Rio, a penetração dos canais pagos já é de 43%. A média nacional é de 27 casas com TV paga para cada 100.

O "problema" para as emissoras abertas é que a audiência que realmente importa para o mercado é a de São Paulo. São os números da capital paulista que são divulgados diariamente.

"A gente está virando uma TV americana", diz José Alvarenga Jr., diretor de núcleo da Globo, responsável por Malhação e por seriados como o novo O Dentista Mascarado, com Marcelo Adnet, no ar a partir de abril.

Alvarenga se refere a uma televisão extremamente competitiva, em que a TV por assinatura chega a mais de 90% das residências. Lá, canais pagos competem quase de igual para igual com redes abertas. Os programas regulares mais vistos dificilmente ultrapassam 20 milhões de telespectadores, metade da novela das nove da Globo.

Além da TV paga, a TV aberta compete com o trânsito, com o horário de verão e, cada vez mais, com aplicativos e aparelhos móveis.

As redes abertas não têm apenas três ou quatro concorrentes, como nos anos 1990. Têm centenas.

fonte: Daniel Castro

http://telenovelasbr.tk

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